O pobre é a vítima da última hora, e é em nome destes que é necessário fazer uma boa escolha entre aqueles que querem comprar o cargo na calada da noite, tratando os mais humildes como objeto ou produto; e aqueles que, verdadeiramente, buscam representar de fato o pobre, enfrentando todas as diversidades de problemas do município, cobrando o uso correto do erário público, e buscando efetivar o funcionamento normal das instituições públicas.
O "trabalho social" desenvolvido por lideranças resulta em votos quase que certos em Peritoró. Alguns parlamentares ou lideranças já mantinham e mantém esse tipo de atividade antes mesmo de se candidatarem; além desses, há outros mais adiantados na malícia, estes são os endinheirados que enxergam essa prática como uma regra geral para eleger qualquer pessoa, por mais desqualificada que seja, por isso fazem apenas em período eleitoral, como agora!
É aplicadando essa prática aos mais carentes e reduzido zonas carentes do município de Peritoró como grandes mercados de votos, que muitos conseguem galgar cargos na máquina pública (Legislativo, Executivo e comissionado).
Invariavelmente, os velhos caciques da politica Peritoroense são elevados a deuses por causa dessa prática assistencialista, criado por eles próprios para servir à sua reprodução na opinião pública. Essa é a forma de perpetuarem na cabeça do eleitor a imagem de quem de fato é bom para a Cidade, o benfeitor da cidade. Dessa forma acabam desvirtuando a verdadeira função do poder público e reduzindo a ação do município em causas de enteresse comum.
Das Trocas de favores
Isso não é um fato que ocorre apenas em Peritoró, mais aonde há pobreza, exclusão social, pelo Brasil afora. Por conta dessa prática não é difícil encontrar a ausência do poder público constituído, dando espaço para a exploração política das dificuldades dos mais pobres.
Sobre isso, o cientista social Ricardo Caldas, da Universidade de Brasília (UnB), realizou um trabalho sobre esse problema em sua cidade natal (Brasilia). Ricardo buscou saber como vereadores e população exercitam a troca de favores(fato bem comum aqui também em Peritoró). De acordo com o cientista, boa parte dos eleitores buscam os parlamentares apenas para cobrir demandas pessoais, como empregos para si ou para a família, além de outros benefícios básicos como remédio, pagamento de energia, transporte e até pagamento bebidas. E é nisso que os políticos se agarram para se fortalecer e fidelizar seus votos nas comunidades e zonas carentes da cidade.
— As pessoas recorrem aos vereadores para fazerem demandas pessoais. A função deles fica distorcida. Diz cientista.
Isso só mostra o quanto é difícil para candidatos novatos e pobres que não atendam essas medidas. Portanto, o pobre é a vítima da última hora, e é em nome destes que é necessário fazer uma boa escolha entre aqueles que querem comprar o cargo na calada da noite, tratando os mais humildes como objeto ou produto; e aqueles que, verdadeiramente, buscam representar de fato o pobre, enfrentando todas as diversidades de problemas do município, cobrando o uso correto do erário público, e buscando efetivar o funcionamento normal das instituições públicas.
Por - Ismael Silva, professor, blogueiro, estudante.
Referência: O Globo