FOME, DROGAS, DOR E SOFRIMENTO EM PERITORÓ. DEUS CONDENOU ESTE LUGAR?

PERITORÓ, DEUS ESQUECEU ESTE LUGAR....?
       Parece absurdo, mas não é! Esse questionamento é próprio de nossa capacidade cognitiva de comparar fatos e teoremas sociais. Temos as verdades da fé e os fatos da vida. A fome, as guerras, a dor e o sofrimento sempre incomodaram a base da pirâmide do conhecimento teológico quando estes são relacionados e colocados diante das verdades da fé. A pretensão desse texto não é questionar o aspecto metafísico do caráter divino “Deus onipotente, onisciente e onipresente” mas de propor uma abordagem a respeito do que faz o homem com sua vã filosofia de ‘’liberdade” enquando uso coletivo...
         Quando nos deparamos com a condição do próximo que sofre por questões banais da existência, que poderia ser evitada mediante um simples gesto fraterno e político, cai por terra o pré-conceito estabelecido em destacar a condição divina como “omissa” dos fatos. Deus nos criou em um momento de perfeita experiência de amor, e com esse amor nos trouxe a plenitude de viver com nossas próprias escolhas. O fato de Peritoró vivenciar problemas que se alojaram e fizeram moradia aqui não se justifica pela o erro de dizer que “Deus é omisso”, pois Deus, em sua infinita misericórdia, deseja paz e felicidade para toda a criação, não falo isso como porta voz do sagrado, mas como amigo e leitor de documentos sagrados e observador da vida, que são os maiores testemunhos da fé. Mas não há pré-conceito quando relacionamos o sofrimento como resultado de nossas próprias escolhas ou dos outros.
           De fato, há escolhas conscientes e escolhas inconscientes, existem escolhas de grau pessoal e de grau coletivo. Há quem tem o poder e o domínio de escolher e também existe aqueles que tem o domínio e o poder de impor suas escolhas ao próximo. Nesse segundo caso, o que existe é uma vítima que não tem culpa do sofrimento causado por uma decisão coletiva. O sofrimento em Peritoró não é culpa dos peritoroenses. Nós apenas cumprimos as normas, social e política, que é de acreditar que aqueles que vão de 4 em 4 anos em nossa porta são verdadeiros e sinceros para representar nossas necessidades. Inflamados com o sentimento de esperança, ainda vamos as urnas com o mesmo proposito que é de minimizar a dor e o sofrimento causando pela falta de políticas sociais.  

Ismael Silva, licenciado em filosofia e historia, especialista em informatica  e ciências humanas, tecnólogo em segurança do trabalho, técnico em meio ambiente. Catequista por vocação.


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